Cuidados com distensão muscular e como proceder
A distensão ou estiramento muscular é uma lesão muito comum entre esportistas, mas não é um privilégio dos atletas competitivos. Pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer lugar, durante a realização de tarefas simples e cotidianas.
Caracteriza-se por um rompimento parcial ou completo de fibras musculares, resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo. A distensão muscular pode ser classificada de acordo com as dimensões da lesão da seguinte maneira:
Grau 1 – rompimento de até 5% das fibras do músculo
- Dor localizada em ponto específico, que surge durante a contração, mas não necessariamente está presente no repouso;
- Pouco, ou nenhum edema (inchaço);
- Hemorragia pequena;
- Limitação funcional leve;
- Resolução rápida (até 2 semanas)
Grau 2 – rompimento de mais de 5% até 50% das fibras do músculo
- Dor constante;
- Edema (inchaço);
- Hemorragia moderada;
- Redução significativa da função muscular;
- Resolução mais lenta (aprox.. 3 semanas)
Grau 3 – ruptura completa ou quase completa (de mais de 50% das fibras) do músculo
- Defeito palpável no músculo;
- Dor pode varias de moderada a muito intensa, provocada pela contração muscular passiva;
- Edema grande;
- Hemorragia grande;
- Dependendo da localização do músculo com relação à pele, o edema e o hematoma podem ser visíveis, localizando-se, geralmente, em posição distal à lesão;
- Importante perda de função muscular;
- Resolução demorada (de 4 semanas a 6 meses)
Cuidados com distensão muscular:
A fase aguda é contida com gelo, repouso, elevação do membro e uso de antiinflamatórios não esteroides (alguns comuns são ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno).
Crioterapia (gelo) pode ser utilizada imediatamente após a lesão e durante o tratamento. Uma sacola plástica com gelo quebrado deve ser colocada por cima de uma camada fina de tecido por um período de 15 a 20 minutos.
Antes de começar a movimentar (ou exercitar levemente) a musculatura é obrigatório aguardar a reparação muscular, pois o processo cicatricial resultante deve ser bom. Este período vai depender do grau da lesão. Alongamentos não são indicados no período inicial, pois dificultam a recuperação das fibras musculares.
Após esta sequência inicial de cuidados específicos, iniciam-se os exercícios gerais. Os exercícios de recuperação funcional – que estão em alta hoje na mídia – têm como objetivo retornar o indivíduo à sua atividade normal, além de restaurar a estabilidade funcional e os padrões de movimentos específicos do atleta, minimizando o risco de nova lesão.
No geral, a evolução é feita de modo gradativo. O treino, inicialmente, deve ser feito com baixa intensidade, respeitando as suas limitações e a ocorrência de dor eventual. Ou seja, o retorno deve ser na estratégia de tentativa e erro, ou seja, o atleta a cada sessão vai aumentando gradativamente a intensidade do esforço. Portanto, caso sinta dor, as atividades voltam ao estágio anterior, caso não sinta, pode-se aumentar a intensidade até a reabilitação total.
Ainda assim, mesmo considerando estas informações, o melhor a se fazer é se consultar com algum médico ou fisioterapeuta. Com lesões não se brincam.
Fontes: