EPOC – Consumo de Oxigênio Excedente Após o Exercício
Não é novidade que, ao praticarmos atividades físicas, nosso organismo passa por uma série de alterações. Estas mudanças têm o objetivo de preparar e adequar nosso corpo tanto para antes, como para depois da prática. Neste caso, o estresse fisiológico irá gerar efeitos temporários (agudos) e permanentes (crônicos). De maneira a exemplificar: o aumento da frequência cardíaca é um efeito agudo e o aumento da massa muscular, um efeito crônico.
Dessa forma o consumo de oxigênio e o gasto calórico não serão diferentes. Contudo, já é comprovado que, após o término do exercício, o consumo de oxigênio não retorna ao nível normal imediatamente. Esta demanda energética durante o período de recuperação após o exercício é conhecida como consumo excedente de oxigênio após o exercício (EPOC).
As Causas do EPOC
Embora suas causas não sejam totalmente esclarecidas, é provável que os seguintes fatores contribuam para que o EPOC ocorra durante a primeira hora após o exercício (aproximadamente). Estes são conhecidos como efeitos rápidos do EPOC.
- Ressíntese de ATP e de CP;
- Remoção do lactato;
- Restauração do dano tecidual;
- Recuperação da frequência cardíaca;
- Controle da temperatura corporal.
Após esta primeira hora, outros eventos fisiológicos ocorrem de maneira contínua e causam um impacto menor no consumo de oxigênio. São denominados efeitos lentos:
- Efeitos de vários hormônios, como o cortisol, insulina, ACTH, hormônios da tireóide e GH;
- Ressíntese de hemoglobina e mioglobina;
- Aumento da respiração mitocondrial pelo aumento da concentração de norepinefrina;
- Ressíntese de glicogênio e controle da temperatura.
Mas quanto tempo dura o EPOC?
De acordo com os estudos, o tempo de duração e a magnitude do EPOC estão diretamente ligados à intensidade (esforço realizado) e ao volume (duração) do exercício. Quanto maior o volume e/ou a intensidade, maior o EPOC. Para ser mais específico, o aumento da magnitude do EPOC ocorre de maneira linear, conforme aumentamos o volume, e de maneira exponencial, conforme aumentamos a intensidade do exercício.
Os estudos apontam que exercício aeróbios e resistidos, podem gerar um EPOC mais prolongado.
Como proposta, para manter este estado prolongado do EPOC, pode-se realizar exercícios com intensidade submáxima ou supramáxima. Quando a intensidade for submáxima, a duração do exercício deve ser maior ou igual a 50min, com intensidade próxima aos 70% do consumo máximo de oxigênio. Nos exercícios submáximos, o tempo de duração do exercício deve ser maior ou igual a 6min e com intensidade de 110% do consumo máximo de oxigênio.
Devemos deixar claro que mesmo com um EPOC mais prolongado, o total de consumo de oxigênio proveniente do EPOC fica entre 6-15%. Ou seja, uma quantidade relativamente pequena ao considerarmos o total do exercício.
Sendo assim, se a sua intenção é utilizar o EPOC com o objetivo de emagrecer ou perder peso, não confie apenas no EPOC. Apesar dele ser associado ao emagrecimento, o consumo de oxigênio pós exercício é muito baixo para este fim.
Para tanto, vários são os fatores que podem lhe auxiliar neste objetivo. Primeiramente, a continuidade do treinamento e de uma alimentação adequada é o que vão te fazer emagrecer. Neste caso, o acompanhamento de bons profissionais de Educação Física e Nutrição vão te ajudar muito neste processo.
Além disso, é importante entender que cada corpo funciona de uma maneira diferente. Um corpo que é mais treinado terá respostas diferentes de um corpo não treinado.
Para saber mais, acompanhe a videoaula sobre EPOC no link abaixo:
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Foto Destaque: @sporlab. Disponível em: unsplash.com